sexta-feira, 27 de julho de 2012

Autismo no RS: a luta continua

Com relação ao texto sobre autismo que rolou na internet e que coloquei aqui há alguns dias, o deputado estadual Catarina Paladini escreve um artigo hoje no Jornal do Comércio, respondendo as acusações a que foi submetido. Abaixo, o artigo do Catarina:

                                   Autismo no RS: a luta continua

Motivado pela grave situação enfrentada pelos autistas e seus familiares no Rio Grande do Sul, apresentei à Assembleia Legislativa, no final do ano passado, o projeto de lei 276/2011, que dispunha sobre a condição das pessoas com diagnóstico de autismo no Estado e estabelecia políticas públicas para as mesmas. No dia 10 de julho, o PL foi à votação com uma emenda do deputado Valdeci Oliveira, do PT, que alterou nossa proposta e criou grande insatisfação nas instituições que representam os autistas no RS. Senti-me igualmente frustrado. O projeto 276 foi redigido por cabeças e corações imbuídos dos ideais de igualdade que movem todos aqueles que acreditam numa sociedade mais justa.

Durante meses, ouvimos os representantes da comunidade autista para entender este universo que passa tão despercebido da população, mas que, no Brasil, é estimado em torno de 2 milhões de pessoas, sendo a metade não diagnosticada. Resolvemos levar nossa insatisfação ao governo do Estado juntamente com o deputado Alexandre Lindemeyer, e obtivemos do Executivo a promessa de criação de um grupo de trabalho para aprofundar o diálogo e elaborar uma proposta de políticas públicas para os autistas, conforme o teor de nosso projeto, infelizmente rejeitado no Legislativo. Fizemos nossa parte, motivando o Parlamento gaúcho a debater um assunto tão angustiante para milhares de famílias, mas cujas iniciativas, em nível governamental, são tão incipientes. Começamos a aproximar entidades, familiares e poder público para colocar o tema entre os grandes debates do Estado, visando garantias mínimas para esta significativa parcela da população. O desamparo manifesta-se sempre que um pai ou uma mãe busca atendimento para seu filho autista e encontra portas fechadas.




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